sexta-feira, 9 de maio de 2008

O padre que coloriu o céu

Muitas pessoas nutrem o desejo de voar, mas não das maneiras convencionais. Queriam ter a possibilidade de levantar vôo por si só. Sair voando, por que não? Talvez essa fosse a vontade do padre Adelir Carli. Acontece que ele usou de meios nada convencionais para cumprir sua meta, e sumiu.

Imagine-se pendurado por mil balões de gás, partindo de solo firme, indo para longe. Essa era a meta de Adelir, e não podemos condená-lo. A questão é até onde devemos nos deixar levar pelo que almejamos. O padre, quando questionado, disse que não haveria problema com o mau tempo, pois voaria acima das nuvens. Não tardou para que os problemas surgissem e se concretizasse a desgraça anunciada. Até agora, ele está desaparecido, junto de um equipamento que não parece ter servido muito. Mas parte dos balões, que serviram de asas para o padre, foram encontrados boiando no mar, como aqueles jogados no canto de um fim de festa.

Sonhos são importantes e, com certeza, devemos tentar realizá-los. Mas onde se confundiu sonho e responsabilidade na cabeça do padre? Nossos atos impensados, ou não tão bem calculados, têm consequências, muitas vezes, desastrosas. No entanto, o padre, ao se ver longe do chão, teve esperança de que daria certo. E quem o viu subir presenciou Adelir colorindo o céu com seus balões.




* texto da G1 de Redação para Comunicação, elogiado pelo melhor professor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse padre foi demais!!!

Ai! Meu Deus!

Bjs