quarta-feira, 30 de julho de 2008

"Love is all around"

O amor...
Ah, essa pedra no caminho.

Tudo vai bem, sua cabeça está centrada, seus planos futuros e individualistas estão começando a se concretizar e todo o tempo é seu.
Mas vem a vida e te desvia.

Nunca cheguei a falar bem sobre o que eu penso do amor. Acho que não gosto das definições existentes por aí.
Ainda assim, hoje acordei com uma frase na cabeça.

Diz ela: "Não amar é sofrer; amar é sofrer mais".
Pensei que o contrário também funciona. Acho que amar é sofrer, não amar é sofrer mais.

E explico!
Quando estamos sem amor, o que fazemos? Geralmente, nos arrumamos, saímos, conversamos, mudamos de estilo e de jeito de pentear. Mudamos tudo para, invariavelmente, encontrarmos um novo amor.
Ou canalizamos todo esse sentimento para alguma outra coisa, às vezes com pêlos e quatro patas, às vezes que engordam.

A verdade é que o amor está em tudo, está em toda a volta, está nos caçando como uma onça.

Assisti, pela quarta vez, "Closer" no sábado. Vi que as relações, no fundo, são estranhas. Quanto mais conhecemos alguém, mais achamos que conhecemos e, por isso, mais sabemos quando alguém estaria mentindo.
Só que nós não sabemos porque não queremos saber. Faltamos a aula do "Quando saber quando ele/ela mente para você". Isso acabaria com a graça. Nunca quisemos acreditar que nos mentiriam.
Então, cutucamos o outro até que ele nos diga uma verdade que nós não queremos ouvir, mas nunca descartamos a possibilidade de que ela exista.
É uma auto-mutilação.

Daí, na revolta contra as relações, ao achar que todos mentem, resolvi que ia assistir, pela quinta vez, "Simplesmente Amor".
Esse sim mostra que há esperança.
Quem estraga tudo somos nós, ao não nos sentirmos merecedores, ao achar que está tudo bem e que trair é só instinto, ao duvidar de que há, lá fora, aquela pessoa única que vai nos fazer mais feliz.

Porque sofremos sem amor da mesma maneira que sofremos amando.
É uma questão inerente ao ser.
Precisamos do outro para que saibamos para que serve essa angústia no peito.

E não há nada que possa ser feito.

Cartola diria:
"Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés"

Azar, não é?
Não amar também é sofrer...

2 comentários:

Anônimo disse...

Closer é perturbador... Vi uma vez só e achei melhor nem assistir mais.
Às vezes eu penso como seria melhor não amar ninguém. Acho que seria mais livre, mais 'irresponsável no bom sentido', de sair por aí sem ter hora pra voltar, viajar, esquecer da vida.
Mas daí tento imaginar a minha vida sem as pessoas que amo... putz! Não teria a mínima graça.

Luana Duarte Fuentefria disse...

ai, fazia tempo que eu não vinha aqui. na verdade, fazia tempo que não ia a qualquer lugar. tava meio perdida em mim mesma.

deve ser a falta dessa coisa que descreveste tão bem, o amor.

saudades, aloha!!! :)