terça-feira, 25 de novembro de 2008

Senso Crítico

“Bom, vamos começar... Hoje almocei com minhas amigas veteranas de Vida Urgente. Comemos bife à parmegiana e batatas fritas. Estava bom. Eu gostei de como comecei mais um dia de trabalho.”

Mas isso não interessa para vocês, não é?
Tenho certeza que muitos querem saber como estou, se tudo está bem. Só que esses vêm e me perguntam, obtendo resposta quase imediata, sem muitos detalhes.
Sei que os detalhes não importam para a maioria que veio até aqui “me” ler.

Essa deve ser a minha quarta tentativa de manter um blog.
Nenhum deles pretendia seguir uma linha restrita de texto.
Era, simplesmente, um espaço para que eu colocasse minhas visões sobre o que acontece ao redor e, se fica desatualizado, não é por falta de assunto.
Garanto que muitas situações que presencio se repetem constantemente na vida de todos.
O mundo é cíclico. Não há muita variedade, se analisarmos bem.

Ainda assim, ultimamente tenho pensado em um objetivo para essa página.
Seria informar? Falar sobre as notícias do mundo?
Comentar a pauta dos outros não é algo que eu ache interessante de fazer.
Seria escrever crônica? Ficção? Colunas culturais?

Decido, mais uma vez, não me enquadrar em nenhuma alternativa, por enquanto.
Tenho aqui uma página livre, minha, em branco, onde posso escrever o que quiser para quem quiser ler (inclusive, tenho dúvidas se alguém ainda lê).
Não quero um meio de autopromoção.

Comecei o texto com um trecho de detalhes porque vejo, por aí, muitos blogs que contam sobre seu dia, sobre os sabores dos seus sorvetes, sobre a sua programação. Lendo, não vejo a menor graça.
Acredito que a nossa vida tenha sentido para um pequeno universo de pessoas que nos cercam. Quando a informação ultrapassa esse universo, não faz sentido e banaliza, perde a importância.

Eu não quero banalizar momentos como os que eu tive hoje no almoço.
São eles que dão sabor às muitas histórias que temos para contar.

Talvez me falte a pretensão boba de querer ter o melhor blog da lista.
Talvez eu pudesse vir aqui mostrar que boa futura jornalista eu vou ser.
Só que tenho aprendido, na vida universitária, que posso mostrar o que sei fazer para aqueles que merecem saber, sem parecer pedante ou prepotente.

Enquanto isso, sigo escrevendo sobre tudo e para todos.
Esperando o momento certo chegar.



***

ps: em homenagem aos chuchus que a Vida me deu.